4 de fev. de 2012

MAR

O mar é um porto
Sem ancoradouro
Onde as águas é certeza
A espera infinda tristeza...
Uma busca infinita.
O mar é a brisa dos teus versos
Cortando-me a pele ressequida.
Uma cantiga esquisita
Das ondas e seus reversos.
Pedaço roubado da vida.
Mar...
E quanto mar em mim...
Porto sem ancoradouro...
Só tuas areias molhadas
Fazem-me umedecida
Com gosto de sal de tua boca
O peito ancorado em feridas.


Do livro  "O mar é um porto"
Uma história de amor (em breve em suas mãos)
José BENEdito de BRITO

31 de jan. de 2012

O RIO

Não tenho barco,
só a inspiração dos rios.

Qual um pescador,
vivo a ler os peixes.

E pesco palavras
nas correntezas dos rios.

Fisgo uma palavra
e me vem um cardume de versos.

O rio é uma correnteza
de poemas líquidos em peixes vivos.


José BENEdito de BRITO