14 de jan. de 2013

INGOVERNÁVEL


Não tenho governo sobre os meus sonhos.
São como poesia que nascem do entulho
ou como um pezinho de abóbora
que germina nas cinzas de um toco.
Sou nascido para sonhos vãos...
Quero as catengas vestidas de paz
e o calor mais humano entre humanos.
O olhar efêmero de um bicho,
entocado nos escombros, louvo.
(mais que as catedrais)
Porque os sonhos de Deus  
estão nas semeaduras cuspidas de desprezos.


                                          José BENEdito de BRITO