Jogar-se ao mar,
mergulhar no abissal,
ancorar no teu peito.
Navegar...
a procura do cais
dos teus braços.
Eu, barco à deriva,
navego...
sem bússola
e cartas de marear,
por ti, eu, nau perdida.
No vadio do amanhecer me reconheço, até os sapos me cantam. Sou consumista de palavras. Na arte de ser humilde, sou um fracasso de Deus. Não sou belo em matéria. A beleza é uma coisa feia de se ver aos vermes. Tenho pena de pássaros. Tudo para mim é nada. Estupidez é não querer ser coisa alguma. Sou alguma coisa em processo.
4 de dez. de 2010
2 de dez. de 2010
Varadouro
Lugar onde os escombros
Vagueiam pelas ruas
E os casarões se mijam
De bêbedos e mendigos
Lugar onde o sol se deita
E se abraça com o rio
E com o orvalho se espelha
D água para o amanhecer
Varadouro histórico de abandonos
Onde ainda pousa verde
Uma esperança no entulho
Das retinas dos meus olhos
Vagueiam pelas ruas
E os casarões se mijam
De bêbedos e mendigos
Lugar onde o sol se deita
E se abraça com o rio
E com o orvalho se espelha
D água para o amanhecer
Varadouro histórico de abandonos
Onde ainda pousa verde
Uma esperança no entulho
Das retinas dos meus olhos
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